sábado, 25 de agosto de 2007

Finalmente EU...


"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"
(Florbela Espanca-1930) - Cartas a Guido Battelli

Logo terei coragem de escrever por mim mesma... sem uso de citações para dizer o que quero, o que sinto, o que sou...
Foto tirada por Marina Mendo (um anjo!)

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Sem palavras...Anais Nin...


"(...)ontem à noite eu chorei. chorei porque o processo pelo qual me tornei mulher foi doloroso. chorei porque não era mais uma criança com a fé cega de criança. chorei porque meus olhos estavam abertos para a realidade - para o egoísmo de Henry, para o amor de June pelo poder, para minha criatividade insaciável que deve preocupar-se com outras e não consegue ser suficiente a si mesma. Chorei porque não podia mais acreditar, e adoro acreditar. Ainda consigo amar apaixonadamente sem acreditar. Isto significa que amo humanamente. Chorei porque daqui por diante chorarei menos. Chorei porque perdi minha dor e ainda não estou acostumada à ausência dela.Assim Henry virá esta tarde e amanhã vou sair com June".

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Com vocês...

Um fragmento da Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera...

"Se fosse possível classificar as pessoas por categorias, seria certamente a partir desses desejos profundos que as conduzem para esta ou aquela atividade que exercem durante a vida inteira. Um francês é diferente do outro. Mas todos os atores do mundo se parecem – em Paris, Praga, e até mesmo no mais modesto teatro do interior. È ator aquele que aceita, desde a infância, expor sua vida a um público anônimo. Sem esse consentimento fundamental – que nada tem a ver com o talento, que é algo mais profundo do que o talento- não se pode ser ator. " (pág.194)