Fui convidada por uma amiga (Luísa!) para fazer parte de um núcleo composto de mulheres que irá investigar esses "deslocamentos do feminino", a fim de colocá-los em cena logo mais.
Em um dos nossos primeiros encontros lembrei de Eduardo Galeano, mas especificamente do texto abaixo:
A
autoridade
Em épocas
remotas, as mulheres se sentavam na proa das canoas e os homens na popa. As
mulheres caçavam e pescavam. Elas saíam das aldeias e voltavam quando podiam ou
queriam. Os homens montavam as choças, preparavam a comida, mantinham acesas as
fogueiras contra o frio, cuidavam dos filhos e curtiam as peles de abrigo.
Assim era a vida entre os índios Onas e
Yaganes, na Terra do Fogo, até que um dia os homens mataram as mulheres e
puseram as máscaras que as mulheres tinham inventado para aterrorizá-los.
Somente as meninas recém-nascidas se salvaram do extermínio. Enquanto elas
cresciam, os assassinos lhes diziam e repetiam que servir aos homens era seu
destino. Elas acreditaram. Também suas filhas e as filhas de suas filhas.
Faz pensar, né?!
Acho que este trabalho vai dar "pano pra manga"!
MERDA!